Mas o que é isto de "moda"?!
foto GUESS
Um beijo nunca passa de moda...mas um beijo esconde-se por detrás do conceito de moda. Resulta da química, da atração, do que está na sua frente, da emoção e do momento. Mas no contexto do sentimento, é verdade, um beijo nunca passa de moda. Veste perfeitamente a alma.
O que veste o corpo tem outros contornos. A moda é cíclica. O que é moda hoje amanhã já old fashioned. Mas, mais tarde, ela própria reinventa-se e recria-se ao cuidado das mais talentosas imaginações dos criadores que lançam "cá para fora" a "lei" consensual do que deve ser vestido, do que deve ser maquilhado, do que deve ser adornado. São muitos os que estão nessa corrida de atrair quem passa à frente da montra, de quem vê a fotografia numa página de revista, de quem vê um desfile ou de quem, simplesmente, conhece alguém que veste uma coisa que de facto lhe assentou extremamente bem e que, talvez, também a ela assentasse.
A moda tem nuances; tendências que ditam momentos e que até podem acompanhar a situação política, social e intelectual da situação vivida...a superficialidade e a sua amiga futilidade está em quem a "observa".
A intenção deste blog é a de apresentar o universo possível, verdadeiro e fantástico, das modas que pairam no ar dos corpos que passam por nós, aqui, ali, mais longe ou ali ao lado. Sugestões?! Também se aceitam.
É moda dizer que os gostos não se discutem...mas por aqui, os gostos são modas que servem a todos os corpos!
Bem-vindos!
2 comments:
Bem... É um tópico que tem tanto de apelativo como de subjectivo, abstracto, parcial, etc. Enfim: é difícil! Para mim, a "moda" está condenada a continuar a existir. Seja pelo desejo de inclusão e/ou adequação, pela possibilidade de gastar "rios" de dinheiro, pela falta de desejo de expressão/auto-afirmação, pela falta de originalidade ou por apreciar as pontuais boas ideias que surgem (caso em que me inscrevo), a miríade de combinações de motivos, derivantes e razões é enorme. Pessoalmente, não acompanho nem sequer ligo à "moda". No entanto, é inevitável sermos contagiados, por vezes, por algumas novas ideias ou releituras de antigas ideias. Seduz-me a mescla suave de "estilos", sendo o minha tendência favorita a mistura entre o vitoriano e o clássico contemporâneo, com apontamentos de irreverência. Chamo-lhe o neo-vitoriano. E isto, para usar no Outono/Inverno. Sim, porque o vitoriano "puro" (na minha opinião a golden age do vestuário masculino!), pela sua génese, não foi criado para um clima quente. No Verão, por impossibilidade climatérica e falta de paciência, continuo a ser um adepto incondicional das T-shirts irreverentes e "geeks". Quanto a "não tão novas" influências, o ano passado voltei a achar piada aos casacos de malha... A "culpa" foi do Benedict Cumberbatch, o novo Sherlock Holmes da série de televisão. Curiosamente, pouco tempo depois, comecei a notar que estes recomeçavam a abundar nas lojas... Provavelmente, alguém mais gostou da ideia.
É uma observação muito curiosa. Temos mesmo de cair no que é subjectivo porque a questão da moda, em si, está condenada a nascer e a morrer enquanto existirmos. Existem períodos que são marcantes pela intensidade e exuberância, outros pelo minimalismo a que se submetem. Mas tudo o que nos rodeia é susceptível de ser ideia para integrar ou "fazer" moda. O vitoriano puro também é uma das tendências que me agradam bastante. É perfeitamente normal haver uma identificação com uma determinada tendência; mas, muitas vezes, acontece não podermos pôr em prática essa mesma tendência por motivos profissionais, por exemplo. O complexo da formalidade, o de ser olhado de lado...agora vai tudo dependendo de variáveis.
Sim, casacos de malha abundam em força este ano em ambos os sexos!
:)
Post a Comment